A Prática da Adubação Química

A Prática da Adubação Química

Como estamos na época das águas (primavera/verão), nada melhor do que tratarmos de um assunto que nem sempre é levado a sério em manutenções de jardins, a adubação.

A prática da adubação consiste em repor os nutrientes retirados do solo pelas plantas.

Em um jardim, existem plantas com diferentes necessidades de nutrientes, pois para vegetarem, florescerem ou frutificarem, as mesmas retiram nutrientes do solo e para isso, gastam energia.  Para que o desenvolvimento anual de flores, frutos ou ramos ocorram novamente em sua plenitude no próximo ano, teremos que repor esses nutrientes ao solo. Outra forma do solo perder nutrientes é através da água das chuvas, que favorece uma rápida lixiviação do solo, portanto a adubação em jardinagem, acaba se tornando uma prática necessária, principalmente devido à pouca possibilidade de recomposição natural dos nutrientes do solo que acontece na natureza pela decomposição de restos vegetais e animais.

Na prática, costuma-se dividir os adubos em dois grandes grupos: orgânicos e inorgânicos. Orgânicos são aqueles provenientes de matéria de origem vegetal ou animal, os inorgânicos são obtidos a partir da extração mineral ou de derivados do petróleo.

Os adubos orgânicos têm maior permanência no solo, embora sejam absorvidos mais lentamente, enquanto os adubos inorgânicos são absorvidos mais rapidamente e têm concentração mais forte.

Contratar um profissional técnico que possa analisar o solo e o tipo de adubação ideal para o momento, fazendo uma indicação balanceada de todos os nutrientes que o solo necessita é fundamental para não errar nas dosagens.

Hoje vamos falar sobre as adubações químicas:

Adubos Químicos: Os mais usados são chamados de NPK porque contém em suas fórmulas maior quantidade de nitrogênio, fósforo e potássio, que são os macronutrientes, ou seja, nutrientes que as plantas precisam em maior quantidade. Uma fórmula NPK 12–10–6, indica que o produto contém 12% de N (nitrogênio) + 10% de (fósforo) + 6% de K (potássio), obtém-se 28% de elementos nobres presentes na mistura.

O Nitrogênio, entre outras funções, tem como sua principal característica promover o desenvolvimento vegetativo, acelerando as vegetações novas. O fósforo também tem uma função muito importante para o desenvolvimento das raízes das plantas, por isso é muito importante a sua presença no momento do plantio, de preferência dentro das covas. Já o potássio, é muito importante para o desenvolvimento dos frutos, dando maior porte e peso.

Temos também o cálcio e o magnésio presentes no calcário, nutrientes também importantes em maiores quantidades, além de servirem como regularizadores de pH do solo.

Uma coisa muito importante a ser ressaltada, é que devemos sempre manter o equilíbrio dos nutrientes, pois o excesso ou a falta de um elemento, pode inibir a assimilação do outro.

Aplicação do adubo e época:

Quando o jardim já estiver implantado, no caso de árvores, devemos distribuir homogeneamente os grânulos como um anel ao redor do tronco, na projeção da copa da árvore, onde colocaremos o adubo. Deve ser feito de forma parcelada, em torno de 3 a 4 vezes ao ano, do início da primavera, até o final do verão.

As fórmulas de NPK e as quantidades variam de acordo com a árvore e seu porte, devendo ser recomendada por técnico na área.

Para arbustos a mesma forma de adubação das árvores, espalhando-se no solo em volta, um pouco afastado do tronco, porém em menores quantidades.

Nos gramados é feita a adubação por cobertura, bem espalhada para evitar queimaduras ocasionadas pelo nitrogênio. Deve ser feita no início da primavera e do verão, com a fórmula e dosagem sempre usada através de recomendação técnica. Deve-se irrigar imediatamente, ou de preferência adubar em dias chuvosos.

Nos canteiros é muito bom espalhar também adubos orgânicos misturados com NPK, que nesse caso a melhor forma de ser usado é diluído em água (produtos específicos para fertirrigação).

Durante o outono e inverno as plantas entram numa fase de dormência, caracterizada pela redução de sua atividade vegetativa. Nessa fase, a fertilização do solo deve ser diminuída ou evitada. É preciso cuidado com a super adubação, pois esse excesso prejudica as plantas, as folhas e caules, deixando as plantas com aspecto doentio e fraco. Mas se necessário corrigir possíveis excessos, basta regar abundantemente.

 

Fonte: Paisagismo Brasil